Artigo // Personalização algorítmica no Spotify e a premissa de que somos o que ouvimos

12 de agosto de 2024

A pesquisadora do MediaLab.UFRJ Helena Strecker publicou o artigo “Personalização algorítmica no Spotify e a premissa de que somos o que ouvimos” na revista Internet & Sociedade, publicação semestral do InternetLab.

Resumo:

Este artigo explora as estratégias de personalização algorítmica do aplicativo de streaming musical Spotify, com enfoque especial na forma como a empresa concebe e anuncia suas ferramentas de recomendação segmentada. A promessa de oferecer conteúdos de acordo com os gostos, desejos e necessidades de cada usuário fundamenta-se na premissa de que seria possível “conhecer” aspectos da identidade e individualidade através dos dados de interação online, ou seja, de que somos o que ouvimos. Nesse sentido, a pesquisa considera que a datificação se associa a alguns deslocamentos históricos nos regimes de subjetivação contemporâneos. Trata-se de um artigo ensaístico, que se debruça sobre materiais institucionais do Spotify e dois casos emblemáticos de personalização, a playlist Descobertas da Semana e a campanha Só Você, apontando algumas contradições que atravessam a promessa de ultrapersonalização. Mais do que questionar se estes sistemas acertam em suas previsões e recomendações, interessa pensar seus efeitos performativos, isto é, como eles influenciam a construção de sujeitos datificados e identidades algorítmicas.

Como citar:

STRECKER, Helena. Personalização algorítmica no Spotify e a premissa de que somos o que ouvimos. Internet & Sociedade, v. 4, n. 2, 2023. Disponível em: <https://revista.internetlab.org.br/personalizacao-algoritmica-no-spotify-e-a-premissa-de-que-somos-o-que-ouvimos/> Acesso em: [data].

O artigo pode ser acessado aqui.