// Conferência: “Fake News, Social Media and Subjectivities”, com Fernanda Bruno e Jean Wyllys

20 de julho de 2020

No dia 21/07, a nossa coordenadora Fernanda Bruno participou da conferência “Fake News, Social Media and Subjectivities: Effects on Society and Politics in Brazil”. A conferência contou ainda com a participação de Jean Wyllys (Harvard) e a mediação de Beatriz Polivanov (UFF).

O painel é parte do evento International Forum 2020: “Wellbeing and Subjectivities across the Global South” / Futures under Construction, realizado pelo Interdisciplinary Centre for Global South Studies, da Universidade de Tübingen (Alemanha). Para mais informações e assistir aos vídeos da conferência:

https://uni-tuebingen.de/fakultaeten/philosophische-fakultaet/forschung/zentren-und-interdisziplinaere-einrichtungen/interdisciplinary-centre-for-global-south-studies/academic-events/international-forum-2020/fake-news/

 

Resumo (em português)

As chamadas “redes/mídias sociais” impulsionaram as discussões sobre a produção de subjetividade na cultura digital, incluindo o debate sobre a disseminação da desinformação, popularmente conhecida como “fake news”. No Brasil, onde cerca de 66% da população são usuários de mídias sociais (Kemp, 2020), a produção, circulação e consumo de conteúdos por diferentes agentes por meio dessas plataformas tiveram um impacto significativo no resultado das eleições presidenciais de 2018, em um contexto de instabilidade democrática e de polarização política.

Mais do que apenas apontar que as “fake news” foram em parte responsáveis ​​pela eleição do atual presidente, este painel procura debater algumas das seguintes perguntas: Que tipos de desinformação foram e são propagadas e por quem? Qual papel e quais responsabilidades desempenham plataformas como WhatsApp e Facebook nesse cenário? Que consequências estes agentes criam e engendram para indivíduos e instituições, antes e depois da pandemia? Que estratégias podem ser postas em prática, em um contexto da cultura digital, para combater o neofascismo? Em um sentido mais amplo, nos perguntamos a partir da perspectiva do Sul Global: como a mediação algorítmica das plataformas digitais afeta a subjetividade contemporânea? Que tipo de futuro humano-máquinico estamos construindo?