DOBRAS #56 // As meninas do TikTok: subjetividade e visibilidade na rede social da Geração Z

28 de setembro de 2022

Por Manuella Caputo[1]Manuella é graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela UFRJ e pesquisadora do MediaLab.UFRJ.

[Este artigo é um desdobramento da monografia submetida à Banca de Graduação do curso de Comunicação Social – Jornalismo da UFRJ.]

LK, é o Breno, é o Pedrin

Segura

As menina do TikTok

Se esses versos te soam familiares, é bem provável que você já use o TikTok – e quase que instantaneamente sua cabeça tenha sido invadida pela imagem de meninas dançando uma mesma coreografia ao som dessa música. Caso contrário, te apresento aqui uma pista importante do estado das coisas na rede social: o TikTok é dominado pelas meninas adolescentes, tanto que, no Brasil, ganharam até um funk dedicado somente a elas. E isso não é apenas uma impressão cultural – as estatísticas de público do aplicativo comprovam essa teoria. Um relatório da plataforma de marketing de influência HypeAuditor, de 2020, mostrou que 31,07% da audiência do TikTok no Brasil era composta por meninas entre 13 e 17 anos de idade. No mesmo ano, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (cgi.br) divulgou que 46% da população de 10 a 17 anos no país já tinha um perfil na plataforma. 

Impulsionado pelas medidas de distanciamento social implementadas ao longo da pandemia de Covid-19 que forçou as pessoas a ficarem mais em casa e a interagirem mais virtualmente, o TikTok rapidamente se tornou um fenômeno. Lançado, em 2018, pela empresa chinesa ByteDance, em julho de 2021 a rede social já havia alcançado três bilhões de downloads nas lojas de aplicativo da Apple e da Google globalmente. Com isso, o Tik Tok quebrou uma certa supremacia da Meta ao se tornar o primeiro app não pertencente ao negócio de Mark Zuckerberg a atingir tal marca.

Grande parte do sucesso da plataforma se deve ao público mais jovem e isto não é por acaso, já que, desde o início, a rede social foi desenvolvida para apelar para os gostos e necessidades de adolescentes. O TikTok é resultado da fusão de dois aplicativos: sua versão doméstica, o Douyin, lançado em 2016 pela ByteDance; e o Musical.ly, um app já famoso por possibilitar a usuários(as) a publicação de vídeos curtos dublando músicas, que foi comprado pela empresa-mãe do TikTok. O Musical.ly tinha como audiência principal as crianças e adolescentes que, com a extinção do aplicativo e o surgimento do TikTok, tiveram seus perfis automaticamente migrados para lá.

Assim, o TikTok preserva estratégias de seus antecessores e implementa outras novas para seguir na aquisição da audiência infanto-juvenil. Tendo em vista o protagonismo das meninas adolescentes neste fenômeno, me voltei na monografia para os modos a partir dos quais o aplicativo busca conquistar sua atenção, bem como para as diferentes formas de utilização do app propostas por esse público e, especialmente, como e quais modelos de subjetividade e visibilidade a relação desenvolvida com a plataforma produz. Para isso, conduzi uma análise de conteúdo (BARDIN, 2011) dos perfis de quatro meninas brasileiras influentes na rede social: Luara Fonseca (@luara), de 17 anos; Mariana Menezes (@marimenezees_), de 17 anos; Gabyy Souza (@gabyysouza_), de 14 anos; e Danny Maria (@_dannyofc0), de 17 anos. Mas antes de compartilhar os resultados dessa análise, gostaria de comentar um pouco do contexto que possibilitou ao TikTok ser o que ele é hoje.

CAPITALISMO DE VIGILÂNCIA E A AUTOMAÇÃO DO CONSUMO

Comparado a outras redes sociais, o TikTok se diferencia logo pela primeira tela que as pessoas acessam ao explorar a plataforma: o feed Para Você ou, em inglês, For You. Essa página sugere às usuárias uma infinitude de vídeos publicados por outras usuárias, orientada por um sistema de recomendação continuamente alimentado por dados de atividade, tais como vídeos curtidos/comentados/compartilhados, perfis seguidos, configurações da conta e do dispositivo. Diferentemente do que nos acostumamos no Twitter, Facebook e Instagram, a tela inicial do TikTok não é o feed de publicações de pessoas que seguimos, mas sim o de publicações que a plataforma calcula que podem capturar a nossa atenção.

O TikTok até tem uma página para exibir apenas os vídeos de perfis que a usuária segue, chamada Seguindo, mas esta é posta em segundo plano pela plataforma – basta abrir o app para confirmar qual tela abre primeiro. Priorizando de forma direta a análise de nossos dados em detrimento da nossa escolha manual de quem seguir e, portanto, de quem queremos assistir vídeos, o TikTok reforça a algoritmização do consumo de conteúdo em um cenário de automatização já intensificado[2]A abordagem diferenciada da página inicial conduzida pelo TikTok tem sido frequentemente pautada na imprensa, diante de especulações a respeito de outras redes sociais estarem pensando em adotar o … Continue reading.

Tal panorama é traçado por Shoshana Zuboff (2018) ao tratar do capitalismo de vigilância como uma “nova forma de capitalismo de informação [que] procura prever e modificar o comportamento humano como meio de produzir receitas e controle de mercado” (ZUBOFF, 2018, p. 18). Nesse sentido, o que as empresas – não só de tecnologia, como de saúde, segurança e de muitas outras áreas também – necessitam são dos nossos rastros digitais, dos dados gerados a partir da nossa atividade on-line. E para obtê-los, devem conquistar primeiro a nossa atenção, recurso que tem se tornado cada vez mais escasso diante do aumento contínuo de estímulos informacionais atualmente. Para que seu modelo de negócios prospere, essas companhias precisam que os indivíduos acessem e passem cada vez mais tempo em suas plataformas, a fim de gerar matéria-prima para seus produtos de predição, a serem comercializados para anunciantes e testados em usuários(as) (BENTES, 2019).

TIKTOK, A REDE INTRAPESSOAL

Na corrida pela atenção de crianças e adolescentes, o TikTok enfrenta um obstáculo a mais: neste caso, não basta conseguir a aprovação do público-alvo, mas também dos pais e mães que podem estar atuando como mediadores entre suas filhas e as redes sociais on-line (SAVIC, 2021, p. 3.173). Ao estudar o Musical.ly, Savic (2021) indica que a solução encontrada pelo app para esse problema foi a implementação de uma estratégia discursiva em que o foco são os recursos utilitários da plataforma, e não as ferramentas de interação entre usuárias(os) – que poderiam representar para os(as) jovens um risco de interações inapropriadas e/ou com desconhecidos. Hoje, o TikTok segue nesse caminho, apresentando-se não como uma mera rede social, mas, acima de tudo, um espaço para o desenvolvimento da criatividade.

Na descrição do aplicativo na Google Play Store, aliás, pouco se fala das vantagens que as funcionalidades do TikTok trazem para a interação social, conhecer pessoas e fazer novas amizades. O apelo ali é para quem busca o reconhecimento, a fama ou até mesmo se tornar influenciador(a). Por isso, todos os mecanismos citados na descrição integram ou a página Para Você ou a página Criar, onde usuários(as) podem acionar os recursos de gravação e edição de vídeo, além de inserir efeitos, filtros e músicas em suas produções audiovisuais. Para as autoras Bhandari e Bimo (2020), essa estrutura induz os(as) usuários(as) a interagirem, sobretudo, com as seguintes entidades:

1. Um algoritmo de tendências que apresenta aos usuários vídeos ostensivamente fornecidos aos seus gostos e interesses pessoais, e 2. com seu próprio conteúdo e autorrepresentações. Isso resulta em um modelo de apresentação pública que é mais fortemente informado e direcionado para o indivíduo em vez de um ‘público’. A experiência de usar o Tik Tok é a de se envolver repetidamente com o próprio eu: conexão intra e não interpessoal. (BHANDARI; BIMO, 2020, tradução nossa)

SUBJETIVIDADES SEXUAIS NO PÓS-FEMINISMO

A proposição de uma experiência intrapessoal, como apontada pelas autoras, reverbera um deslocamento da ideia de intimidade. Se, na modernidade, a noção estava atrelada aos sentimentos, ações e pensamentos que se tratavam individualmente, no campo doméstico ou ainda em um círculo limitado de pessoas próximas, na contemporaneidade, os indivíduos têm aderido ao compartilhamento de sua intimidade com o exterior de forma completa e até mesmo global, levando-se em consideração o alcance das plataformas digitais (BRUNO, 2013). Como afirma Sibilia (2016, p. 185), esse movimento de “extimidade” ocorre a partir da mudança do eixo das subjetividades “do magma causal da interioridade psicológica para a capacidade de produzir efeitos no olhar alheio”.

Trabalhando aqui com o conceito de subjetividade enquanto conjunto de modos de constituição do sujeito, das formas de se relacionar consigo e com o outro, entendo-o como algo que não é dado naturalmente, mas sim produzido (GUATTARI; ROLNIK, 1996, p. 34). Essa produção de subjetividade também está sujeita a dispositivos de visibilidade: não só dispositivos materiais como câmeras e celulares, como também dispositivos digitais como as redes sociais on-line. Foi nesse contexto – e por meio da análise dos perfis de Luara, Mariana, Gaby e Danny – que busquei compreender como se dá a relação de meninas brasileiras com o TikTok; como o uso da plataforma afeta seus modos de ser, ver e aparecer; como a presença no aplicativo atravessa a construção de suas identidades sexuais; e, ainda, se há um perfil feminino ideal para se destacar na rede social ou padrões no conteúdo produzido pelas influenciadoras destacadas.

Tratando-se dos modelos de subjetividade e visibilidade acionados pelas meninas adolescentes, não poderia deixar de falar das especificidades desse grupo em relação à formação de identidade, imagem corporal e sexualidade, que vão além da questão geral de autorrepresentação. Essas construções se dão em um cenário de triunfo do pós-feminismo, que pode ser definido como um discurso onde o combate ao sexismo travado pelo movimento feminista é visto como ultrapassado e, portanto, rejeitado (RINGROSE; BARAJAS, 2011). Assim, a luta feminista é substituída por uma ideia de agência feminina em relação ao corpo e a sexualidade permissiva quanto “[à] performance de determinados roteiros sexuais em torno de agradar aos homens” e aos “ideiais muito específicos de perfeição visual do corpo” (RINGROSE; BARAJAS, 2011, tradução nossa).

Para as meninas tiktokers, a plataforma surge então como mais um espaço onde podem constituir e produzir suas subjetividades – sujeitas à adesão, negociação ou recusa do formato de agenciamento do corpo e da sexualidade condizente com o discurso pós-feminista.

OS RESULTADOS

No trabalho com o corpus da pesquisa, foram realizadas análises individuais dos perfis das quatro meninas e de dez vídeos publicados por cada uma e, ainda, uma avaliação geral do material coletado. O objetivo foi detalhar o cenário e imagem criadas pelas adolescentes a partir da performance de suas autorrepresentações na plataforma, analisando desde o contexto em que as influenciadoras passaram a chamar atenção na Internet até a mensagem transmitida pelo conteúdo que publicam em seus perfis no aplicativo. 

Partindo de tais premissas, foram analisados elementos como: a foto de perfil, as métricas da conta, a descrição no perfil, o link divulgado nas descrições (caso houvesse um); se há uso de efeito ou não nos vídeos (e, se sim, quais); quais as legendas e sons utilizados; as métricas de cada publicação; a duração e a descrição do vídeo; o gênero do som utilizado no vídeo; se há dublagem do som; se o vídeo é gravado em ambiente residencial; qual o tema do vídeo; se a usuária aparece sozinha ou acompanhada; se há compartilhamento de um assunto pessoal; se há pessoas não brancas no vídeo; e, por último, se há menção à página Para Você na legenda do vídeo.

Agora, vamos aos resultados:

Menos de um minuto para cada vídeo. A média de duração do conteúdo analisado é de 32 segundos por vídeo. qui vale destacar que o limite de duração no aplicativo é, hoje, de 10 minutos, como resultado de um projeto do TikTok de aumentar o tempo do conteúdo e a rentabilidade da empresa. No, entanto, ao que tudo indica, a iniciativa vai contra a preferência das usuárias, que têm sido bem sucedidas em reter a atenção no app com a estratégia de publicação de vídeos curtos.

Vídeos caseiros e corriqueiros. No início da pesquisa, eu havia trabalhado com a hipótese de que o compartilhamento da intimidade se dava de forma muito mais direta do que a encontrada na análise do corpus. Conclui que essa “extimidade” é produzida de forma mais sutil, por ações como a gravação de vídeos em ambientes particulares e residenciais, e pela produção de conteúdo rotineiro com uma autenticidade calculada. Esse traço tem tudo a ver com o caráter geral do conteúdo publicado na plataforma, tido como descontraídos e espontâneos.

Interação com o algoritmo. As hashtags citando a página Para Você estão presentes em 14 dos 40 vídeos analisados. Essa é uma tática interessante porque não há comprovação de que funciona, já que nunca foi confirmada pelo TikTok, mas é muito comum no aplicativo. Ou seja, ao invés de utilizarem hashtags com temas de interesse para chamar a atenção dos(as) usuários(as), as influenciadoras direcionam esse esforço para capturar a atenção do algoritmo por trás do feed personalizado.

Padrões de beleza sob demanda. Em 40% dos vídeos, as usuárias usam algum tipo de filtro que modifica a aparência. Há um modelo na imagem propagada pelos filtros utilizados pelas meninas: todos possibilitam ter o rosto magro e de traços finos, a boca com lábios grossos,a pele clara e maquiada, e os olhos claros. Mesmo que as tiktokers já se enquadrem em boa parte dessa descrição, por meio de um recurso digital, elas perseguem a maximização de um padrão hegemônico há décadas, que relaciona a  beleza física da mulher às qualificações de um corpo branco, magro e feminilizado.

Sexualidade feminina cantada pelo olhar masculino. Em mais da metade dos vídeos analisados, o gênero das músicas tocadas é o funk. É recorrente em quase todas as músicas do gênero a pauta do sexo. Então, observa-se que ao se apropriarem dessas músicas, criando coreografias, dublando suas letras, as meninas estendem para si essa sensualidade proposta pelas canções. Assim, um ponto a se questionar é que sensualidade e sexualidade são essas aderidas pelas influenciadoras, uma vez que a maioria das músicas são interpretadas por homens e atendem a uma visão da sexualidade feminina criada para agradar a perspectiva masculina.

SEXUALIDADE, FEMINISMO E PLATAFORMAS DIGITAIS

Gostaria, ainda, de destacar alguns pontos sobre a identidade sexual das meninas do TikTok. No que diz respeito à sexualidade, a música mostra-se central na construção da sensualidade e identidade sexual das usuárias. No entanto, questiona-se aqui o quanto esse agenciamento pelas tiktokers segue atravessado pela idealização sexista da sexualidade feminina ou, ainda, pela supressão da sexualidade feminina em benefício das expectativas de um olhar masculino.

Sobre a correspondência às regras ditadas pela sociedade patriarcal, observa-se nas adolescentes padrões de imagem convencionados há muito tempo. Sendo assim, vale a pena refletir que o discurso do TikTok de que qualquer um pode se tornar famoso limita-se a uma aparição inesperada em seu feed personalizado, enquanto a influência ao longo prazo segue  reservada, majoritariamente, para os(as) usuários(as) situados(as) em uma série de estereótipos que predominam tanto fora quanto dentro do mundo virtual.

Portanto, é válido reforçar a necessidade de “uma crítica pedagógica explicitamente feminista” (RINGROSE, 2011, p. 112, tradução nossa) sobre sexualidade e sexualização, para meninas e meninos, tanto no contexto on-line como off-line. A sexualidade de meninas e mulheres tem sido historicamente subjugada à perspectiva masculina e os reflexos desse processo não poderiam ser diferentes no ambiente digital. Nesse sentido, é preciso ponderar sobre o tema sem que, correndo o risco de aderir ao pânico moral, a sexualidade feminina seja apagada mais uma vez.

Caso tenha interesse em conferir a pesquisa completa, clique aqui para acessar a monografia.

REFERÊNCIAS

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References

References
1 Manuella é graduada em Comunicação Social – Jornalismo pela UFRJ e pesquisadora do MediaLab.UFRJ.
2 A abordagem diferenciada da página inicial conduzida pelo TikTok tem sido frequentemente pautada na imprensa, diante de especulações a respeito de outras redes sociais estarem pensando em adotar o mesmo sistema em suas plataformas. Essa mudança significaria uma substituição do modelo de grafo social, central para sites como Facebook, Instagram e Twitter, e, consequentemente, uma transformação estrutural dessas redes sociais. Para saber mais: https://www.newyorker.com/culture/cultural-comment/tiktok-and-the-fall-of-the-social-media-giants.